====== O Corvo ====== //Auxtoras [[Rogxer BORGXES]], 2001// //Originale aperinta en la disko "Muziko Elektronika"// //Originala teksto verkita de Edgar Alan Poe.// //Kantoteksto adaptita el portugala versio farita de Jorge Telles, el Brazilo.// ===== Teksto ===== meia-noite era a hora; eu me lembro como agora eu lia livros de outrora, de ciências ancestrais quando, quase adormecido, ouvi um leve estalido alguém fazendo um ruído bem junto de meus portais! Ah, memória de tormento, era um dezembro cinzento Na lareira um fogo lento tinha brilhos espectrais Esperava pelo dia. Tentando esquecer, eu lia Esquecer a que estaria entre os anjos celestiais Alguém deve estar chegando Apesar de ser tao tarde Por Lenora estao gritando Vozes vêm de toda parte Espreitando o escuro horrendo, eu, ali, tudo temendo Entao gritei: “Senhor, lamento, mas chegar a horas tais!” “Ha alguém ali, é certo”, disse eu, “alguém desperto” Abri entao a minha porta aos silêncios sepulcrais Alguém deve estar chegando Apesar de ser tao tarde Por Lenora estao gritando Vozes vêm de toda parte... (corvos) A janela abri, nervoso e voando, majestoso Entrou um Corvo tao vistoso, que pousou em meus portais “Corvo negro, renegado com o topete entrecortado Qual o teu pomposo nome, nas moradas abissais?” Corvo antigo e destinado por alguém tao transtornado Quis saber seu predicado, e disse o corvo: “Nunca mais” Mas depois ficou calado, como se, tendo falado, Tivesse a alma esgotado em palavras tao cabais Minh´alma estremeceu Com seus olhos bestiais Em tristeza eu meditava Sob a luz dos castiçais O ar entao ficou mais denso, como se um vaso de incenso Em maos de anjos, volteasse numa dança em espirais Gritei, foi Deus quem o mandou, esse Corvo que adentrou Pra que eu esqueça a Lenora e essas mágoas tao brutais Perguntei se lá no Édem Entre os anjos celestiais Encontrarei minha Lenora Disse o Corvo: “Nunca mais”. {{tag>litero_c kanto}}